sexta-feira, 14 de outubro de 2011

BÁRBARA LIA - ENTREVISTA Nº 1





EntreGêneros: Como teve início o seu interesse pela escrita?

BÁRBARA LIA: Aos doze anos eu tive o primeiro pensamento – Quero ser escritora! Demorei quase três décadas para me dedicar à escrita. A poesia sempre presente em minha vida, em recitais poéticos que ouvia na casa da minha avó, em versos que meu pai repetia e na minha forma de olhar o mundo - leituras poéticas que eu fazia e que nunca transcrevia.

EntreGêneros: Quais escritores lhe influenciaram e em que busca inspiração para escrever?

BÁRBARA LIAPenso que tudo o que toquei em minha vida influenciou meus escritos. Por isto eu posso apenas falar sobre o que li.  Começa com os poetas que ouvia ainda no berço: Camões, Castro Alves, Gonçalves Dias... Os livros que li até ficar adulta – Literatura Brasileira. O que se lê no Colégio – Machado de Assis, José de Alencar, Jorge Amado. Vivi no interior do meu Estado até completar trinta anos. Na cidade onde vivia existia apenas uma Livraria onde comprei alguns clássicos. Eu me tornei sócia do Círculo do Livro. Lembro lia biografias, pois os livros do Círculo do Livro eram, em sua maioria, Best Sellers. Era um entretenimento de Sidney Sheldon e outros. Então, comecei a ouvir MPB como poesia. E foi mesmo a música de Chico Buarque e Caetano Veloso e dos velhos festivais que acalentaram e alimentaram minha alma de poeta. Vinícius de Moraes e Neruda - febre nos anos setenta - também. Os poetas essenciais, os demais, eu li mais tarde, quando criei asas e os encontrei em um lugar de Liberdade - Os monstros da Literatura. Foi um choque de milhares de volts e foi então que eu libertei minha poesia aprisionada desde a Infância. Não sei se existe inspiração, acho que escrevo para organizar o meu caos interior. Para relatar a minha visão do mundo, tudo que me toca em alegria ou dor. Todo amor.


EntreGêneros: Como vc vê o (re) nascimento do interesse das pessoas pela leitura em suas novas formas de expressão literária (como em blogs, sites, redes sociais e revistas eletrônicas)? O que acha dos livros eletrônicos que tornaram livre o acesso através da leitura on line?

BÁRBARA LIAOs livros eletrônicos e as novas mídias são compatíveis com quem vive este tempo. Já passei dos cinqüenta anos e amo um livro tradicional. O site Germina publicou um livro eletrônico meu – Coreografia do Caos – Amei a experiência. Sei que o futuro é este – livros eletrônicos. Pego carona na última caravana do milênio e tento deixar minha poesia impressa. Quando era menina a leitura era um costume de toda gente. Não é mais. Se a Internet reavivou este interesse, maravilha. Que ela evolua a ponto de todos aderirem ao hábito. Ainda gosto do antigo método. Um lugar confortável, folhear um livro em dia de chuva. Mas, reconheço a revolução. A Internet é maravilhosa, considerando que podemos ter ao alcance das mãos uma infinidade de textos e tudo que antes era preciso se deslocar até uma Biblioteca. Ainda que seja essencialmente positivo, não significa que seja perfeito. Nada é perfeito. 

EntreGêneros: Você acha que a Poesia está tomando um novo rumo nesse século XXI? Acha que as pessoas estão mais interessadas por esse gênero literário?

BÁRBARA LIANão sou muito otimista quanto ao interesse pela Poesia. Quem está interessado em Poesia são pessoas que escrevem e se dedicam a produzir poemas. A internet conectou estas pessoas. Vivo em um ambiente distanciado das rodas literárias em minha cidade. Então, posso perceber a inexistência da poesia – objeto/livro/publicações – entre as pessoas comuns que encontro em meu bairro e em minha família. Nas rodas de amigos, entre os ex-colegas de trabalho. Apenas os poetas estão mergulhados nisto. A poesia é aquilo que os estadistas e premiados em qualquer área citam para dar brilho a uma fala e resumir em um verso uma beleza do tamanho do mundo. Os políticos, os líderes, os artistas de todas as Artes, sempre evocam um grande poeta quando precisam deixar sublimes seus discursos. Os poetas verdadeiros seguem em suas vidas à margem dos dias, um belo dia – se escrever o resumo da beleza - será lembrado em um discurso, depois de morto, suicidado, falido e amargurado. É estranho, mas, é assim que vejo. Não tenho ilusões, a Poesia é mesmo a Arte dos que não se enquadram. 

EntreGêneros: O interesse pelo conto, que tem ganho cada vez mais adeptos, em sua opinião se dá pelo fato de ser um texto breve e de rápida leitura? 

BÁRBARA LIANunca parei para analisar isto. Acho que a leitura depende do interesse que um livro ou texto desperta em cada um. As crianças devoram páginas e páginas de um livro como – O senhor dos anéis. Ou Harry Porter. Outros esquecem das horas lendo um longo conto de Dostoievski. Acho que os escritores estão escrevendo desta forma concentrada, e quem gosta deste gênero – conto – o aceita qual é. Não sou uma leitora voraz de contos, sou leitora voraz de poesia. Mas, é bom saber deste interesse geral pelo conto.

EntreGêneros: Qual o  gênero literário de sua preferência para  construir seus textos?
BÁRBARA LIANão tenho preferência por prosa ou poesia. A poesia se impõe e a prosa é uma busca para dar forma ao enredo que surge, um momento que se quer imprimir como um conto, ou uma história que se forma em pensamento e que busco traduzir em palavras, personagens que querem ganhar vida. Pelo tempo que exige e pela complexidade em construir uma narrativa sólida, o romance acaba me capturando e se tornando um desafio. As poesias, no entanto, são o mistério maior. Nascem sem pedir licença e dizem muito.

EntreGêneros: Você possui livros publicados? Quais os títulos?

BÁRBARA LIAPubliquei alguns livros de poesia e dois romances. Criei uma coleção de livros artesanais que imprimi em casa – coleção 21 gramas – então tenho inúmeros títulos.
Poesias: O sorriso de Leonardo (2004), Noir (2006), O sal das rosas (2007), A última chuva (2007), Tem um pássaro cantando dentro de mim (2011). Romances: Solidão Calcinada (2008), Constelação de Ossos (2010).
Coleção 21 gramas – livros artesanais: À sombra de um rio,  Adamare, Chá para as borboletas, Cigarras no Apocalipse, Noon, Nyx Nua, O rasurado azul de Paris, Para Camille com uma flor de pedra, Réquiem, Uma lua em teu ventre, entre outros – estes livros são pequenos com vinte poesias mais ou menos, e a coleção é de 2010, uma forma de organizar os meus escritos. Foi uma experiência linda.

EntreGêneros: Tem algum projeto em andamento? Pode nos falar algo sobre ele?

BÁRBARA LIAInterrompi meu projeto em andamento, o lançamento o livro “A flor dentro da árvore”  um livro de poesias, já contava com um editor. Há mais de um ano estou sofrendo crises de hipertensão. Em alguns dias qualquer emoção altera minha saúde. Decidi dar um tempo para cuidar da saúde. A flor dentro da árvore tem poesias com títulos que são versos de Emily Dickinson. Passei mais de um ano mergulhada na obra de Emily Dickinson e saí com um livro que tem poesias que falam da natureza. Da Natureza como um todo e da natureza humana. Terminei, neste ano,  outro livro de poesias – inédito – não posso falar muito, pois pretendo enviar para um concurso literário. São meus poemas mais recentes.  Meu projeto, assim que puder passar pelas emoções do não de editores, sim de algum editor, publicação e lançamento, é a publicação destes dois  livros de poesia e de dois romances que escrevi nos últimos três anos e que permanecem inéditos. 
Seguir escrevendo, é o maior projeto.

EntreGêneros: Termine com uma frase que acha que resume o ato de escrever para você.

BÁRBARA LIANão. Não é fácil escrever. É duro como quebrar rochas. Mas, voam faíscas e aços espelhados. Clarice Lispector in A Hora da Estrela.




BÁRBARA LIA - POESIAS




















O SORRISO DE LEONARDO




Dissecar cadáveres
para buscar
a perfeita anatomia.
Libertar pássaros
nos mercados
da Itália renascentista.
Beleza clara
cabelos e barba
emaranhados
luz em desalinho.
Toga cor-de-rosa
levita na pele
suntuosa de gênio
-inocência serena-
Leonardo, in carbon,
copiando a própria beleza,
em sorrisos negados.
Sorriso de Leonardo
inauguraria um novo sol
aplacaria o brilho do astro.
-seu sorriso imaginado
seus quadros incendiados-
nos conduzem enquanto
vamos dissecando o verbo
com fúria encantada
Desejo leonardiano
de libertar o poema
e revelar a musculatura
exata de cada palavra.


In O sorriso de Leonardo






ÁGUAS DE ALEXANDRIA




Tuas águas, Alexandre,
                                  romperam reinos
                                                           e rompem meu corpo.
As cortinas
                 de nossas núpcias
                                            ainda ardem.
Arde em mim o ciúme.
                                 Arde dividir-te
                                                        em amor e honras.
Sei, meu corpo ardente,
                                    morada fecunda de tuas águas,
                                                                                acalma-te.
Quando morreu
                       Hefestion,
                                       o silêncio das flautas.
Todos os cavalos tosquiados.
                                           O médico sacrificado,
                                                                          honras ao herói.
Mas em uma noite,
                           na nossa noite,
                                                 nada havia em ti de Hefestion.
Incendiamos os séculos.
                                    Suas águas estenderam-se azuis
                                                                                      em reinos.
Estenderam-se azuis em minha carne.
                                                        Estenderam-se,
                                                                                em amor.


Construo um castelo de pedras de vidro.
                                                            Cores do ciúme:
                                                                                      Amarelas.
As do amor,
                   essas pedras minúsculas:
                                                            Vermelhas.
Gotas do teu nobre sêmen congeladas,
                                                           são as janelas:
                                                                                   Translúcidas.
Quando vertias vida de tua carne
                                                 tombavas frágil
                                                                           no campo de luta
- Meu corpo -
                     Magno derrotado, sem Bucéfalo.
                                                                         Guerreiro vencido.
Eu, Roxana
                   bárbara princesa
                                              de olhos safira.
Roxana - rainha e serva -
                                        corpo da cor da mágoa
                                                                           das areias,
colorindo a torre
                          com tons do céu da Babilônia,
                                                                          céu do recomeço.
Com o branco resoluto do teu sorriso.
                                                          Quase impossível,
                                                                                        teu sorriso.
Castelo fiado, protegido, esperando,
                                                       sempre,
                                                                      sempre.
As águas de Alexandria vertendo em meu ventre
                                                                              fora &
                                                                                         dentro










3ª COLOCADA NO CONC. HELENA KOLLODY/2006




“Até que os serafins acenem com seus chapéus brancos”




Não nasci para resfriar o mundo
Neste lerdo cortejo de omissões
Estas palavras interditas
Suspensas


Não vim quebrar as pernas do sol
Silenciar cada bemol
Não vim para arrebentar o anzol
Do velho de Hemingway


Sou mar e trovão no coração
Nasci para amar sem lastro
Para dançar no pátio
It is my way




In A flor dentro da árvore






Hamadryade I




Poesia escrita com cinzel
Resquícios passados à pedra
a retirar das entranhas, risos
e guirlanda de nenúfares


Ninfa das árvores
tocada de abismo
a olhar o limiar trágico
acima dos lagos azulados


Hamadryade orgulhosa
retorna ao quarto escuro
brancas corujas no muro
no casarão da vida gloriosa


Crua beleza nua, Danaide
ouvindo as estrelas do Sena
um céu-verde claro sonoro
a levar a barca dos amantes...


...Trinta anos descolorem
rios
pedras
corujas. ..
Nunca os nenúfares!


Estes que rolam em cascatas
no castanho seda dos cabelos
e caem no lago do esquecimento
calcinando o ódio da menina
de Villeneuve-sur-Fére


Sepultada viva em Ville-Èvrard
sonha na cripta: o café do Brasil
cerejas embebidas em aguardente
um pacote de amor de mãe
um beijo da coruja ausente


Esculpe em astros abrasados
o ódio ao amante hostil
dorme congelada
Destroços abraçados


In Para Camille, com uma flor de pedra






KAMIKAZES




Doze kamikazes
arrastam a delicada açucena.




Doze kamikazes.
As lágrimas descem
feito fontes.




Nenhuma música
de anjos sonoros,
nenhuma.




Nas nuvens que passeiam,
exausto de tédio, atira longe
o grão da maldade – o dragão da guerra.





Esculpe em astros abrasados
o ódio ao amante hostil
dorme congelada
Destroços abraçados
a uma tola estrela senil.




In O sal das rosas




Foto: Autografando Constelação de Ossos - Palavraria - Porto Alegre - Setembro 2010

*BÁRBARA LIA - BIOGRAFIA 

BÁRBARA LIA - BIOGRAFIA




Bárbara Lia  é uma poeta e escritora brasileira. Destaque nos concursos: Prêmio Sesc de Literatura (2004 e 2005), Conc. de Poesias Helena Kolody ( 2006 e 2007),  Conc. Nacional de Contos Newton Sampaio (2009).  Conc. de Contos Grotescos – Edgar Alan Poe (2009) e PrêmioUfes Literatura (2009).  Faz parte do livro de ensaios O que é poesia? (Ed. Confraria do Vento) organizada por Edson Cruz. Participou da Antologia H2Horas (Cronópios/Dulcinéia Catadora) e da Antologia O Melhor da Festa 3 - Festipoa/ed. Casa Verde (2011). Publicou os livros de poesia: O sorriso de Leonardo (Kafka - 2.004), O sal das rosas (Lumme editor – 2.007),  A última chuva (ME  – MG – 2.007), Tem um pássaro cantando dentro de mim (2011). Criou o projeto 21 gramas – livros artesanais. Publicou os Romances: Solidão Calcinada (Sec. da Cultura / Imprensa Oficial do Paraná - 2008) e Constelação de Ossos (ed. Vidráguas – 2010)

Links:

Blog pessoal:
Página da editora artesanal:

Book Online:

Poesias na Internet:


Livros à venda:
O sal das rosas – Livraria Cultural:
Constelação de Ossos – Livraria Cultura:

O livro “Tem um pássaro cantando dentro de mim” e os livros artesanais – diretamente com a autora. 
Os demais livros estão esgotados em sua primeira edição.

Contato:
barbaralia@gmail.com

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

IANÊ MELLO - ENTREVISTA



IANÊ  MELLO ENTREVISTADA POR GISELLE SEREJO





EntreGêneros (Giselle Serejo): Conheci você em grupos literários e blogs poéticos, então vejo que você gosta de poesia e escreve poesias. Quais foram as suas fontes de leitura poéticas?


Ianê Mello: Com o advento da internet e sua larga propagação, tenho participado de muitos espaços literários e com alguns tenho contribuído efetivamente. Assim conheci e me fiz conhecer por muitas pessoas que escrevem ou se interessam pela literatura de uma forma geral.
Minhas fontes foram e ainda são muitas. Busco inspiração nos escritores e poetas consagrados, tais como Drummond, Pablo Neruda, Cecília Meirelles, Adelia Prado, Mario Quintana, Manuel Bandeira, Fernando Pessoa, Ferreira Gullar, Hilda Hilst, Leminsky, Clarice Lispector, Anais Nin, Cora Coralina, CarlosNejar, Charles Bukowiski, Augusto dos Anjos e em outros não tão conhecidos, como Anna Akmatova, Olga Savary... Sinto-me inspirada, também, por diversos letristas, dentre eles, Chico Buarque, Caetano, Gil, Arnaldo Antunes, Flavio Venturini, Milton Nascimento e Itamar Assumpção Como estou sempre em busca de novos escritores, a cada dia descubro novos talentos que muito enriquecem meu universo poético-literário.



EntreGêneros ( Giselle Serejo): Em questão de gêneros, quais os que mais te atraem? Fale um pouco sobre isso.


Sempre encontrei verdadeiro fascínio na poesia, sendo por ela constantemente atraída, por sua forma subjetiva e rica de expor sentimentos e idéias com profundo lirismo.
Quando comecei a escrever algumas linhas, na minha adolescência, foi através da forma poética que encontrei expressão. Os versos fluíam tão naturalmente e com tamanha facilidade que não pensava nas palavras, elas vinham e se apossavam de mim (risos). Me sentia um mero instrumento daquele "algo" que de mim se apoderava, a inspiração.
Com o passar do tempo fui encontrando novas formas de expressão, como o conto e a crônica, encontrando prazer e desenvolvendo uma fluência na escrita desses gêneros, mas a poesia continua sendo a minha paixão e a minha catarse.


EntreGêneros ( Giselle Serejo): Como você vê o interesse dos jovens principalmente pela leitura de contos?

Acho maravilhoso que os jovens tenham se dedicado mais a leitura pois a considero fundamental para o crescimento e desenvolvimento do ser humano, sendo uma experiência inesgotável e rica. Acredito que muitos jovens sintam-se atraídos pelo conto por ser ele mais condensado, quando desenvolve uma estória interessante e que prende a atenção, podendo a mensagem ser apreendida mais rapidamente. Pode-se ver, por exemplo, que muitos jovens gostam de ler Fernando Caio de Abreu e Martha Medeiros, que são escritores que se dedicam basicamente a escrita de contos e crônicas.
Dentro embora, quem possui verdadeiro prazer na leitura, seja jovem ou não, dedica-se a leitura de qualquer gênero, desde que lhe desperte o interesse a idéia desenvolvida e temos como exemplo escritora britânica Joanne Kathleen autora da famosa séria Harry Porter, que desperta grande interesse no público jovem.

EntreGêneros ( Giselle Serejo): Fui convidada por você para juntas fazermos esse blog: um projeto. Como teve esse idéia genial?


Bem, eu na verdade vivo buscando novas formas de expressão, não só escrita, mas ligadas as artes de forma genérica, pois a cultura sempre foi algo que me atraiu. Assim, através do contato com diversos talentos literários e artísticos que são divulgados pelas redes sociais, blogs, sites e revistas literárias, surgiu a idéia desse blog, que abarcará, não só a divulgação de novos talentos em diversas áreas,  a divulgação de eventos culturais e, como não poderia deixar de ser, homenageando aqueles escritores e artistas já consagrados e reconhecidos em suas respectivas áreas de atuação, pois eles, de alguma forma, sempre nos servirão de exemplo e inspiração, fazendo parte do nosso legado cultural. 


EntreGêneros ( Giselle Serejo): Ianê Mello por ele mesma.

a. Família


Sustentáculo de qualquer ser humano. Uma família estruturada é a base para o equilíbrio, mas como é constituída por pessoas com individualidades próprias, tal convivência familiar não é fácil e demanda muita compreensão, paciência e respeito pelas diferenças, visando buscar uma forma consensual que possibilite uma harmonia.


b. Deus


Força que rege o Universo. Criador de tudo que existe. Não acredito num Deus punitivo, mas sim num Deus sabedor das limitações humanas. Creio na imortalidade da alma e na reencarnação como uma oportunidade que nos é dada por Ele, para que nossa alma retorne em novo corpo a fim de evoluir espiritualmente, como num resgate. 


c. Prosa ou Poesia, ou ambas.


Como já disse anteriormente, a poesia é minha catarse, através dela libero minhas emoções reprimidas, não verbalizadas de outra forma. É fluídica e natural, acontece simplesmente, sem esforço.
A prosa é um constante desafio que enfrento e que hoje encontro prazer em escrever, procurando sempre aperfeiçoar-me. 


d. Um Projeto ainda não realizado.


Publicar um livro, esse é meu sonho. Tenho bastante material acumulado no decorrer de anos de escrita e me sinto hoje amadurecida para compilá-los numa edição. Gosto da antiga forma, a impressão no papel e me daria grande alegria realizar esse projeto.


Obrigada Giselle Serejo. 


Apresentação do blog e biografia